comecei uns dias atrás a ler o livro da Shonda Rhimes (não sei se ela tem mais de um). quero colar esse livro na minha testa. foi esse exato pensamento que tive. se você não sabe quem é Shonda Rhimes eu te digo. Shonda foi quem escreveu “Grey’s Anatomy”, produziu “How to get away with murder” e mais recentemente “Rainha Charlotte”, aquele nova da Netflix, entre outras coisas grandes e famosas. bom, acho que já deu pra ter uma boa noção do currículo da patroa. se você se pergunta como eu fui parar com o livro “O ano em que disse sim” nas mãos, bom, eu só tenho uma resposta: Bela Reis. a pessoa mais sensata da internet me influencia facilmente e dessa vez não foi diferente. comprei esse livro depois que ela contou em alguns podcasts sobre o “ano do sim” dela e, sei lá, me pareceu interessante.
só posso dizer que estou amando, de verdade não fui com nenhuma grande expectativa achando que seria transformador, mas é, tem sido muito bom. não achei que me conectaria tanto ou me sentiria tão representada por uma pessoa como a Shonda. o jeito dela é divertido, meio diferente, mais leve e menos denso que bell hooks (que eu amo de paixão). mas é a realidade, a mulher que escreveu Grey’s Anatomy simplesmente me conquistou (nunca vi um único episódio de Grey’s).
eu acho engraçado, às vezes eu recebo exatamente o que eu preciso. não é bom? essas coisas acontecem muito pra mim. algum episódio de podcast que mexe muito comigo e me faz refletir, esse livro e o “Tudo sobre o amor”, essas coisas chegam exatamente na hora que eu me sinto pronta pra ouvir. consigo até admitir que se chegassem antes talvez não causassem o mesmo efeito. sendo sincera, eu corro atrás, eu vou e compro o livro por ter uma mínima sensação de que pode me ajudar/ensinar algo que eu preciso pra “subir de nível”.
uma das “mais fascinantes personalidades da televisão contemporânea”, segundo o Buffalo News, me abriu os olhos e me fez refletir sobre estar e me sentir pronta. não é algo tão simples quanto parece, não sei se estar pronta é uma coisa que eu digo. geralmente tenho muitas amarras que me seguram na hora de ser acertiva assim. acredito que dou passos, sinto que é meio difícil ficar parada por muito tempo, vou tentando aos poquinhos, não sou a melhor em lidar com mudanças muito bruscas (apesar de ter melhorado), vou dando meus passinhos, respeitando o meu jeitinho.
se colocar de frente com o que te deixa insatisfeito, admitir o que queremos ou não pra vida e optar por “subir a montanha” é uma coragem, é uma verdade que muita gente pode decidir ignorar. pra mim, que me sinto muito feliz em ter aprendido cedo que esse caminho me preenche de uma forma bonita, ler tudo que a Shonda colocou me inspirou a melhorar e a me jogar ainda mais no que eu quero nutrir comigo e com os outros.
só sei que se você se identifica com o que eu escrevo, digo, realmente se identifica, muito possivelmente esse livro é pra você também. “como dançar, ficar ao sol e ser sua própria pessoa” pode ser um lema pra minha vida, talvez seja o sentimento que eu busco tão intensamente, tanto quanto o amor que bell hooks me ensinou. ler esse livro me traz um diferente tipo de alívio, sinto aquele de “ufa alguém que também sabe como é”, quanto um novo, um de preenchimento por saber que valorizar o próprio espírito e buscar se entender é realmente bonito, é real e pode ser feito com maestria por qualquer um que se propõe.